quarta-feira, 4 de julho de 2012

Contra o queixume e a lamúria (de alguma restauração figueirense)

"-Tenho aqui referido, em tom fortemente crítico, que entendo mal, melhor, não entendo sequer uma tendência que se arrasta há anos de as autarquias se substituírem à chamada sociedade civil e organizarem eventos vários que são próprios das associações, dos clubes, dos grupos de cidadãos, dos cidadãos em geral.
Por isso recentemente critiquei aqui uma organização desportiva da autarquia em concorrência com idêntica organização de um clube local.
Por isso venho criticando aqui o facto de as autarquias serem as melhores clientes dos Carreiras, das Ágatas, das Mónicas Sintras, dos Toys…
Por isso também não posso alinhar aqui com o coro das críticas de alguma restauração figueirense ao facto de a autarquia ter prolongado por um dia, pela noite de S. João, a Feira das Freguesias, a pedido das juntas respetivas.
Por isso ainda menos entendo a crítica que também fazem à organização da Festa da Sardinha no Coliseu Figueirense.
Sejamos claros!
É meu entendimento que as autarquias devem apoiar, incentivar, criar as condições para que os clubes desportivos promovam a atividade desportiva, para que as associações culturais promovam a criação artística, desenvolvam atividades de natureza cultural em geral, para que as associações recreativas promovam iniciativas de natureza recreativa, nomeadamente, espetáculos musicais ou outros, etc, etc, etc.
É meu entendimento por fim que as entidades privadas da restauração local em vez do queixume e lamúria permanentes deviam gastar as suas energias na organização de iniciativas próprias de captação de clientelas, nomeadamente na criação de um produto de referência, de uma marca local de referência e de qualidade que atraia e traga gentes (comensais) à Figueira da Foz.
Sejamos outra vez claros: na noite de S. João estive num restaurante figueirense que não tinha na ementa o tradicional caldo verde e o peixe mais parecido com a sardinha (inexistente) era a picanha…ah! e os preços subiram nessa noite 2,50 euros!
Está tudo dito. É pois meu entendimento que a restauração local mais do que o bota-abaixismo permanente e inconsequente deveria pugnar pela qualidade, pela fixação de um produto atrativo e de referência e estudar formas de se associar aos eventos locais como a Feira das Freguesias ou a Festa da Sardinha."
(Retirado, com a devida vénia, do jornal O Figueirense de 29 de junho, do editorial do diretor Joaquim Gil)

1 comentário:

Anónimo disse...

Mesmo na "mouche"!
A.O.

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