sexta-feira, 15 de março de 2013

Leitor discorda de como o presidente da Câmara da Figueira da Foz se referiu a Hugo Moreira, recentemente falecido:

Enviado a Cartas ao Diretor, e com o pedido de publicação, recebemos o seguinte texto
"O que aqui vos trago nada tem a haver com o que habitualmente se escreve por alturas de infortúnio como o presente que nos levou a perder um Amigo. 
Abro o jornal do Diário das Beiras de ontem, 13/03/2012, na página da Figueira da Foz e deparo-me com uma coluna com o título “Voto de pesar a Hugo Moreira” (em anexo) onde é comentado que no decurso da reunião de CM foi proposto um voto de pesar pelo seu falecimento. 
Faz saber a notícia que alguns vereadores tomaram a palavra aludindo ao espírito brincalhão e jovial do homenageado, aliás, na esteira das palavras amigas e carinhosas que já tinham sido também anteriormente proferidas pela Vereadora e sua responsável máxima de trabalho num outro jornal. 
Termina a noticia com a reprodução de declarações proferidas pelo Presidente da CM, as quais - fazendo fé no que vem citado no referido jornal – afirmou a certo momento que “(…) Foi um rapaz que irradiou bem-estar, (…)”-sic- sublinhado meu -. Já não li mais! 
Desconheço o grau da relação de amizade mantido entre homenageado e o declarante, mas atrevo-me a vaticinar que não seria de grande intimidade…e ainda que fosse, não se afigura aceitável que um homenageado, seja ele quem for, numa sessão oficial e pública da Câmara Municipal possa ser tratado por “um rapaz”(!?)! 
Querendo optar-se por um discurso mais descontraído, aliás, ao jeito do homenageado, admitir-se-ia a expressão “um menino”, “um jovem”, “um moço”, no limite “um rapagão”, termos aceitáveis e que comportam uma carga intimista e carinhosa. Agora referir-se à pessoa em causa com um seco “rapaz”!? Não estando certamente a contar com a homenagem proposta e imposta pelos presentes dessa reunião, o autor da infeliz expressão viu-se na contingência de ter que proferir umas palavras – noblesse oblige – e, não conseguindo encobrir o incómodo que o apossou, bolçou a dita declaração que mais se assemelha a discurso de director de reformatório ou de chefia militar do sec.XIX (como não lhe conheço dotes castrenses, fico pela primeira). 
Esqueceu-se o autor desse incidente que diante de si estava um munícipe – figueirense por mérito próprio -, um Senhor merecedor de todo o respeito e consideração! 
Não me recordo que esse Presidente da Câmara(dos seus antecessores nem sequer ouso questionar a prática de tais modos) se tenha dirigido, anteriormente, a alguém, tratando-o por “rapaz” em sessão pública no salão nobre dos paços do concelho e espero que tal desventurada experiência não vire moda! Porque sempre convivi mal com tiques de sobranceria aqui fica o meu desabafo."
Carlos Tenreiro (enviado via e-mail em 15.março.013)

2 comentários:

Anónimo disse...

Não acho ofensiva a frase. Acho é que nestes momentos as emoções ficam mais acesas e podem provocar melindres onde não existem!
A.O.

Anónimo disse...

Não vejo nada ofensivo na frase, se ele tinha um espírito de um rapaz novo e sempre animado, foi até um elogio.

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