“-No edifício “O Trabalho” vive um sem-abrigo, num canto do prédio onde antigamente se fazia a entrada para o pequeno centro comercial que ali se situava.
Ali, ele se refugia e se tenta abrigar do frio, vento, chuva, calor, moscas, mosquitos e outros bichos, cercado por volumosos marcos de obras que se costuma ver a delimitar as estradas. Ora eu, estranhando a situação há muito vista, estive a falar com ele, que me disse que não tem outro sítio para onde ir e que nunca ninguém da Câmara ou dos Serviços Sociais falou ou se interessou por ele.
Por vezes fala alto e sozinho, ‘refila’ com as paredes, e o que lhe vai valendo são algumas pessoas que o vão ajudando no que podem!
À noite ele faz as suas necessidades mesmo ao lado e, claro, nota-se por ali um cheiro nauseabundo, isto mesmo ao lado da estrada que dá acesso ao mercado, quase que ‘portas-meias’ com um restaurante e mesmo em frente às Finanças!
Pois, é uma situação que toda a gente sabe menos os tais ditos cujos… e se é que existem!... Serviços Sociais!”
(Compilada de texto publicado no Mural do Facebook de José M. Santos)
1 comentário:
Se ainda disse em frente da câmara.
Agora nesse local é um pormenor citadino.
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