“Sinais de Fogo é um romance autobiográfico de Jorge de Sena publicado postumamente (e inacabado - o que existe é apenas uma parte do todo que o autor havia delineado) em 1979, um ano após a sua morte (Wikipédia).” Passou ao cinema em 1995.
A personagem principal deste romance autobiográfico de Jorge de Sena é uma projeção do ‘eu’ do autor e ao qual atribui o seu próprio nome.
Assim o Jorge do romance vive com os pais em Lisboa e é, tal como o autor, oriundo da alta burguesia, embora durante o tempo em que decorre a ação se encontre a gozar as férias de Verão na Figueira da Foz, em casa dos tios.
O percurso Jorge de Sena é um convite ao embarque numa viagem a uma Figueira da Foz cosmopolita marcada pelo glamour, praia, casinos e jogo, descrita no livro “Sinais de Fogo”.
E também um pretexto para conhecer a cidade, através do olhar de um jovem de seu nome Jorge, que parte para a Figueira da Foz para passar o verão na casa de seus tios, na década de 1930, que terá sido esta situada na rua Fernandes Coelho (que anos mais tarde foi a escola da dona Maria Correia).
As férias que imaginava de reencontro e boémia com os amigos de verões anteriores, transforma-se numa aventura política, num território que se sente próximo da guerra que decorre além fronteira (Guerra Civil Espanhola).
“A Figueira era um meio pequeno, onde todos os fios de uma meada se cruzavam.” - Jorge de Sena em “Sinais de Fogo”.
3 comentários:
Muito bem recordado e enquadrado.
"Esta é a ditosa pátria
minha amada. Não.
Não é ditosa,
Porque o não merece.
Nem minha amada,
porque é só madrasta.
Nem pátria minha,
porque eu não mereço
a pouca sorte
de ter nascido nela (…)"
Jorge de Sena
Passo a citar:
..."que terá sido esta situada na rua Fernandes Coelho (que anos mais tarde foi a escola da dona Maria Correia). "
Não é verdade. O antigo externato Moderno esta vizinho dessa casa...
Cumprimentos
Sim senhora, gostei.
Obrigada.
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