Quando, há uns anos atrás, se procedeu a obras na rua da República da nossa cidade, vieram os comerciantes localizados entre o cruzamento da rua 10 de Agosto e a praça 8 de Maio bradar aos céus, pois não queriam ali estacionamento pago mas sim zona pedonal.
Acontece hoje em dia que, onde há mais movimento de pessoas e comércio sem se queixar por aí além é, precisamente, no troço entre o início da rua da República e a rua 1º de Agosto, porque têm estacionamento certo e ordenado à custa alguns cêntimos, e passeios para circularem livremente, enquanto se evita a tal dita “zona pedonal” por não ter estacionamento, pago que fosse (o que teria que ser se se adotasse a ‘igualdade’ da via).
Por aqui os problemas são mais que ‘ofensivos’ e conhecidos: Estacionamento “selvagem” com os peões a terem de circular pela estrada, raras ações da polícia para multar os infratores, o desagrado destes quando são multados… ou seja: as pessoas aqui não se sentem bem!
Agora, alguns comerciantes (serão os mesmos!?) desabafaram ao jornal “As Beiras” que “exercem a sua atividade na rua da República “B”!
Pois é! É legítimo e muito compreensível que os comerciantes se preocupem com as suas lojas, e os figueirenses até gostariam de ali se deslocar mais vezes, mas a “ironia” ou desabafos contra quem não tem culpas das decisões tomadas por eles próprios terão de ser mais ponderadas.
Aliás, naquela notícia do citado jornal, João Cardoso, presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz recua no tempo e recorda que “aquele troço foi desenhado como zona pedonal, decisão tomada na sequência de um acordo que envolveu a câmara, a ACIFF e os comerciantes”.
1 comentário:
Parece-me que, se toda a Rua da República, tivesse estacionamento, não era necessária a requalificação. Esta foi feita com boas intenções, embora o piso da calçada pedonal deixe muito a desejar. No espaço da R. da República entre a rua 10 de Agosto e o café Nau, só é permitido o estacionamento junto à farmácia Soares, para três viaturas. Fora disso, dá multa. Apesar disso as pessoas abusam e estacionam à boa maneira portuguesa. E o aparcamento está ali bem perto. Não culpem, portanto, a zona pedonal que é o que mais há pelo país fora com relativo êxito, porque o comércio foi revitalizado desta forma. Esta é a 1ª questão.
A 2ª questão é que as grandes superfícies têm estacionamento gratuíto e o eixo do comércio está a deslocar-se da zona tradicional para a periferia.
A 3ª. questão á a falta do poder de compra das pessoas que, aliada à deficiente oferta e falta de imaginação dos comerciantes da baixa, está a liquidar, irreversivelmente, o comércio ribeirinho.
Talvez, se os utentes da R. da República e periferia, não pagassem estacionamento, a coisa melhorasse um bocado. Bastava para tal tal exibir o talão das suas compras ao agente fiscalizador do parque.
Enviar um comentário