Sumiram O Figueirense, Voz da Figueira, Dever... e a Rádio Foz do Mondego saiu agora do controlo de figueirenses!

A riqueza cultural da imprensa escrita tem vindo a escoar-se por entre a rapidez e facilidade que as redes sociais dispõem hoje em dia de apresentar um evento noticioso quase no mesmo segundo! Ao qual se juntam desde logo miríades de fotos e vídeos a partir dos smartphones "que todos têm" e até os testemunhos "ao vivo e em direto" daquelas pessoas que "estavam mesmo lá a ver tudo"! 

Obviamente que os jornais ressentem-se, muito particularmente os locais que representam um menor leque de público leitor. Acrescido a impostos, imposições fiscais, o famigerado 'porte-pago', as dificuldades de cobrança e de angariação publicitária e outras, vão naturalmente desaparecendo! Alguns, como o caso do O Figueirense, ainda resistem, com uma edição mensal para manter o espírito... e não se perder a detenção do título!

E a extrema riqueza de quem escreve sobre coisas que se passam na sua terra, na sua rua, quase que ali à sua porta, e portanto não havendo quem mais saiba do que se escreve do que eles... vai-se perdendo, ficando à mercê daquele comentador distante, que redige sobre assuntos mas que não sabe descer às profundezas e raízes daquela urbe!

E agora - segundo avançou hoje o Notícias de Coimbra - foi a vez do Rádio Foz do Mondego. Que não acaba, mas fica sem pertencer a figueirenses, passando a ser controlado na totalidade pela Rádio Popular de Soure. 

Recorde-se que também a Rádio Maiorca FM já tinha mudado de mãos, estando o alvará nas mãos da Igreja Universal do Reino de Deus. 

Assim, quem desejar saber o que se passa na sua terra, ou compra um computador e navega nas redes sociais sem ficar a saber se o que lê por lá é mesmo verdade, ou então vai ao mercado e fala com as peixeiras e os vendedores de fruta que "sabem tudo"! 

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