sexta-feira, 9 de junho de 2023

Areal da Praia da Claridade = de sempre limpo, ao aspeto sujo, ao verde, e agora o meio termo!

Primeiro – de sempre limpo

Até 2009 via-se o extenso areal da Praia da Claridade começar a ser limpo aí em abril ou maio, e de ter sempre um aspeto agradável para os locais ou para quem visitava a cidade.

Segundo - ao aspeto sujo

Foi o choque de se ter deixado de limpar o areal da Praia da Claridade antes da época de verão de 2010, se a memória não nos falha. Com alguma surpresa, começava a ver-se brotar do areal ramagens castanhas, dando um aspeto de desleixo. O elenco camarário da altura justificou que essa “falta de limpeza” devia-se ao facto de se pretender demonstrar que “aquele espaço já não era considerado de areal de praia mas sim uma zona consolidada da biodiversidade da flora existente e que, para tal, era preciso deixar despertar a dita.” Nunca aceitando de bom grado esta tese, os figueirenses viram os anos seguintes dar-lhes razão, pois pelo espaço que agora já não era praia mas sim terreno consolidado, juntava-se muito lixo, que não era retirado, dando um aspeto visivelmente conspurcado ao areal, ou seja à zona consolidada, esta que se via da esplanada Silva Guimarães de uma vergonhosa cor castanha, suja, deplorável!

Terceiro - o verde

Meia dúzia de anos depois advogava-se que, de tão denso e consolidado que a agora denominada ante-praia se encontrava, se pelo menos fosse limpa (o que era a maior 'pecha') e, sobretudo, se cultivassem espécies mais verdejantes, ou se relvasse aquela área, o aspeto já seria bem mais agradável (ver fotos retratadas esta semana) e assim contribuiria com esse 'agradável' a juntar-se ao 'útil' de impedir as areias de “voar” até à avenida em dias de vento!

Quarto - e o meio termo

Quando Santana Lopes iniciou a campanha para as autárquicas começou por afirmar, logo ao início, que uma das primeiras coisas que faria era “limpar todo aquele mau aspeto do areal”. Mas pouco depois, na sua apresentação como candidato à presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz feita no jardim exterior do Centro de Artes e Espectáculos, trouxe o assunto de novo à baila, referindo que entretanto alguém o tinha avisado que “veja lá, olhe que toda aquela zona assim como está pelo menos impede as areias de “invadir” as esplanadas em dias de muito vento!”. Tendo acrescentado, mais ou menos (estamos a citar de cor) que “eram dados a ter em atenção”.

É assim que se chegou a esta semana, em nota aos munícipes, o presidente comunicou que nunca poderia fazer a limpeza da praia “sem estudar todos os aspetos do processo, sem ouvir os serviços municipais - e com eles avaliar - e sem ter a autorização das entidades competentes (no caso, a ARH do Centro). Tudo isso foi realizado e conseguido”.

E há três dias, um comunicado do Executivo do Município da Figueira da Foz esclarece a dado passo que “a remoção prevista nunca será na totalidade da área e não tão radical como se possa ter imaginado... vamos aprofundar e desenhar a solução que preserve a beleza das areias brancas e a biodiversidade que existe na nossa maravilhosa praia da claridade...”

…..................................

Por fim, talvez valha mesmo a pena ler um artigo de opinião publicado no Diário As Beiras de ontem, de autoria de Mário Reis, intitulado “A estética, a limpeza, a diversidade e a monotonia”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Artigo esclarecedor. Afinal Dr Ataide tinha razão… Recuperar zona dunar faz parte de uma Figueira ecológica. Dr Santana tenha calma e não se precipite.

Translate this newspaper for other languages

CLIQUE EM MENSAGENS ANTIGAS E CONTINUE A LER 'O PALHETAS NA FOZ'
=================================================================

---------------------------------------------------------------------------------------------------