sábado, 8 de julho de 2023

Marégrafo em Buarcos para medir altura das marés... quanto muito mede agora a altura da areia pela qual está soterrado!

Antigo presidente da junta José Esteves diz que o homem fez a desgraça na Figueira agora o homem é que tem de a resolver”!

O marégrafo, um instrumento que serve para medir a altura das marés, colocado há sete anos nos penedos de Buarcos, na Figueira da Foz, está praticamente a seco, soterrado pela areia da praia que aumentou de tamanho.

Assim começa uma reportagem escrita, publicada hoje pela SIC, que continua: 

A infraestrutura, conhecida localmente como “medroa” ou “pau-de-maré”, construída com três apoios, como se de um tripé se tratasse, e com uma régua em altura com quase cinco metros, foi recolocada em 2016, a várias dezenas de metros da linha de costa, para substituir um equipamento semelhante - com cerca de 70 anos e feito com carris de ferrovia - que tinha sido destruído pelo mar.

Depois de uma primeira tentativa, em 2010, rapidamente gorada, a junta de freguesia então presidida por José Esteves, logrou, em 2016, repor a medroa, naquilo que constituiu a satisfação de uma promessa feita aos pescadores pelo autarca.

O então novo marégrafo foi chumbado à rocha, tendo o material necessário sido transportado à mão para os penedos - que ficam fora de água na maré baixa e cobertos pelo mar quando a maré sobe - e os trabalhos, também com a ajuda de uma máquina, ficaram concluídos a 6 de julho daquele ano, há precisamente sete anos.

(…/...)

José Esteves, que explicou tudo à SIC, rematou:

"Conversei com muitos pescadores e as águas ali vêm sempre um bocado... não é bem norte, é noroeste, nor-noroeste. Correm para ali e depois ficam empatadas. E há solução para aquilo, o homem fez a desgraça na Figueira, agora o homem é que tem de a resolver. Não é partindo, é construindo, e aí talvez se consiga reverter a situação".

O antigo autarca lembrou, por outro lado, que a zona onde o marégrafo está soterrado é conhecida pelas Portas de Buarcos, por ser por ali, ao lado da medroa, que os pequenos barcos de pesca chegavam à praia, onde depois ficavam."Está tudo destruído e tudo por culpa dos cargueiros", lamentou.

A medroa, hoje já fora da rebentação, é apenas banhada pelo mar, a espaços, na maré cheia, e possui uma escala (de 20 em 20 centímetros) que começava nos 1,4 metros (a altura da rocha onde está localizada) até aos 4,6 metros...

=Foto de José Luis de Sousa - Reportagem completa da SIC =VER AQUI=

1 comentário:

Anónimo disse...

O ponto de não retorno a que se chegou!!! E andamos a discutir dissertações sobre limpeza das dunas e não há pressão política e cívica para o bypass.A margem sul já não preocupa os “influentes”.

Translate this newspaper for other languages

CLIQUE EM MENSAGENS ANTIGAS E CONTINUE A LER 'O PALHETAS NA FOZ'
=================================================================

---------------------------------------------------------------------------------------------------