quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Casa dos Cogumelos o novo alojamento na Figueira da Foz onde todas as divisões são redondas!

O site New in Town (NiT) publicou esta terça-feira um interessante artigo sobre a conhecida “Casa dos Cogumelos”, localizada na Murtinheira em Quiaios, dando conta das alterações que lhe vão permitir começar a receber hóspedes a partir de 20 de março, e historiando as carismáticas habitações que todos nos habituámos a ver e a apreciar quando passávamos e passamos ainda hoje em dia, na famosa estrada do “enforca-cães”, esta também recentemente reconstruída e renovada.

Escreve a NiT:

Podia ter sido construída por um amante fervoroso de cogumelos, mas não foi o caso. Apesar da semelhança evidente, esta casa à beira-mar situada na Murtinheira, perto da Praia de Quiaios e da Figueira da Foz, nada tem a ver com os fungos a que se assemelha — pelo menos, não diretamente.

Desde a década de 1960 que faz parte da paisagem da pequena aldeia, altura em que foi construída por um professor universitário que esteve envolvido na Guerra do Ultramar. “Chama-se José Alberto Rei e tinha gostado muito da Guiné em particular. Ficou apaixonado pelo povo e pela cultura daquele país”, começa por contar à NiT Gonçalo Mendes, o atual proprietário, de 34 anos.
Quando regressou a Portugal, decidiu construir uma “casa ao estilo da Guiné”, mas uma “versão moderna em betão” num terreno na Serra da Boa Viagem. Nunca imaginou que, anos depois, ficasse conhecida na zona como a Casa dos Cogumelos.

Pouco depois do 25 de Abril, a propriedade foi comprada pelos avós de Gonçalo Mendes, que “lhe acharam muita graça” porque parecia uns cogumelos gigantes. A ideia era utilizá-la apenas como refúgio de férias e fim de semana para a família.

Ao longo de três gerações serviu de cenário a inúmeros momentos inesquecíveis e tornou-se guardiã de histórias, risos e memórias. “Passei lá verões intermináveis em miúdo. O que mais gostava de fazer era construir casas na árvore, fazia umas construções com madeiras e pregos. Às vezes dava asneira e magoava-me, mas fazia parte”, recorda o lisboeta.

Mais tarde, quando estudava na universidade, chegou a organizar umas festas com uns amigos festas lá em casa, “estilo festival”. “A malta dormia no relvado, era tudo muito bem organizado, com pulseiras e bilhetes. Tinha nome e tudo: chamava-se Festa nos Cogumelos, não dava lucro nenhum, mas também não dava prejuízo”, recorda-

A propriedade é palco de reuniões familiares, celebrações festivas e até mesmo casamentos há várias décadas. As paredes do peculiar imóvel continuam a contar a história de “uma linhagem que valoriza profundamente a unidade e as memórias partilhadas.”

Quando os primos sugeriram vender a casa porque “precisava de bastante manutenção”, Gonçalo não ficou entusiasmado com a ideia. “No início aceitei porque não queria ser um obstáculo, mas nunca a quis vender. Em 2019 apareceu um senhor que fez uma oferta, mas decidi juntar-me à minha irmã para comprarmos o terreno”, conta.

Já a pensar na possibilidade de o transformar num alojamento local, começaram logo a fazer obras de requalificação do interior, mas tentaram ao máximo manter o que estava. Não foi fácil, já que trabalhar com quartos circulares não é propriamente simples nem evidente.

“Costumo perguntar às pessoas se sabem como se pendura um quadro numa divisão redonda. A verdade é que não é assim tão difícil, basta termos um cordel que seja grande, apoiado nas extremidades”, explica...

(Continuar aler esta publicação de NiT - AQUI)

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