Casa dos Cogumelos o novo alojamento na Figueira da Foz onde todas as divisões são redondas!
O
site New in Town (NiT)
publicou esta terça-feira um interessante artigo sobre a conhecida
“Casa dos Cogumelos”, localizada na Murtinheira em Quiaios, dando
conta das alterações que lhe vão permitir começar a receber
hóspedes a partir de 20 de março, e historiando as carismáticas
habitações que todos nos habituámos a ver e a apreciar quando
passávamos e passamos ainda hoje em dia, na famosa estrada do
“enforca-cães”, esta também recentemente reconstruída e
renovada.
Escreve a
NiT:
Podia ter
sido construída por um amante fervoroso de cogumelos, mas não foi o
caso. Apesar da semelhança evidente, esta casa à beira-mar situada
na Murtinheira, perto da Praia de Quiaios e da Figueira da Foz, nada
tem a ver com os fungos a que se assemelha — pelo menos, não
diretamente.
Desde a
década de 1960 que faz parte da paisagem da pequena aldeia, altura
em que foi construída por um professor universitário que esteve
envolvido na Guerra do Ultramar. “Chama-se José Alberto Rei e
tinha gostado muito da Guiné em particular. Ficou apaixonado pelo
povo e pela cultura daquele país”, começa por contar à NiT
Gonçalo Mendes, o atual proprietário, de 34 anos.Quando
regressou a Portugal, decidiu construir uma “casa ao estilo da
Guiné”, mas uma “versão moderna em betão” num terreno na
Serra da Boa Viagem. Nunca imaginou que, anos depois, ficasse
conhecida na zona como a Casa dos Cogumelos.
Pouco depois
do 25 de Abril, a propriedade foi comprada pelos avós de Gonçalo
Mendes, que “lhe acharam muita graça” porque parecia uns
cogumelos gigantes. A ideia era utilizá-la apenas como refúgio de
férias e fim de semana para a família.
Ao longo de
três gerações serviu de cenário a inúmeros momentos
inesquecíveis e tornou-se guardiã de histórias, risos e memórias.
“Passei lá verões intermináveis em miúdo. O que mais gostava de
fazer era construir casas na árvore, fazia umas construções com
madeiras e pregos. Às vezes dava asneira e magoava-me, mas fazia
parte”, recorda o lisboeta.
Mais tarde,
quando estudava na universidade, chegou a organizar umas festas com
uns amigos festas lá em casa, “estilo festival”. “A malta
dormia no relvado, era tudo muito bem organizado, com pulseiras e
bilhetes. Tinha nome e tudo: chamava-se Festa nos Cogumelos, não
dava lucro nenhum, mas também não dava prejuízo”, recorda-
A
propriedade é palco de reuniões familiares, celebrações festivas
e até mesmo casamentos há várias décadas. As paredes do peculiar
imóvel continuam a contar a história de “uma linhagem que
valoriza profundamente a unidade e as memórias partilhadas.”
Quando os
primos sugeriram vender a casa porque “precisava de bastante
manutenção”, Gonçalo não ficou entusiasmado com a ideia. “No
início aceitei porque não queria ser um obstáculo, mas nunca a
quis vender. Em 2019 apareceu um senhor que fez uma oferta, mas
decidi juntar-me à minha irmã para comprarmos o terreno”, conta.
Já a pensar
na possibilidade de o transformar num alojamento local, começaram
logo a fazer obras de requalificação do interior, mas tentaram ao
máximo manter o que estava. Não foi fácil, já que trabalhar com
quartos circulares não é propriamente simples nem evidente.
“Costumo
perguntar às pessoas se sabem como se pendura um quadro numa divisão
redonda. A verdade é que não é assim tão difícil, basta termos
um cordel que seja grande, apoiado nas extremidades”, explica...
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