domingo, 21 de abril de 2024

Exposição de fotos na esplanada do então furriel Jorge Dias que lembra que o 25 de Abril 974 começou na Figueira da Foz horas antes do avanço das tropas com a prisão do comandante!

O agora bem conhecido fotógrafo Jorge Dias, com o posto de furriel aquando do 25 de abril, publicou um texto no seu mural do Facebook onde é explicado o que se passou nos momentos antes e depois do dia 25 de Abril, do qual extraímos as seguintes linhas:
 

"A revolução na Figueira da Foz começou horas antes de as tropas avançarem!

Um ex-militar que fotografou, na Figueira da Foz, os acontecimentos do 25 de Abril, lembrou que no quartel onde prestava serviço a revolução começou horas antes de as tropas avançarem, com a prisão do comandante.Na noite de 24 de abril, cerca de duas horas antes de as tropas saírem dos quartéis e avançarem para Lisboa, o então furriel miliciano, que prestava serviço no antigo Regimento de Artilharia Pesada (RAP 3) deteve, acompanhado pelo capitão Dinis de Almeida, o comandante da unidade militar.

"O quartel estava fechado, o comandante entrou às 21h00 e nós fomos deter o comandante logo às 21h30, o que era um contrassenso, uma vez que a ordem para avançar era a partir das 22h30 ou 23h00".

A 27 de abril, a Figueira da Foz viria a assistir, nas palavras de Jorge Dias, a uma manifestação muito participada, exponencial, com milhares de pessoas nas ruas a celebrarem a liberdade.

A concentração de cidadãos começou com o regresso ao RAP 3 dos militares que tinham ido para Lisboa e o cortejo percorreu a baixa da cidade (nomeadamente a comercial rua da República) e zona ribeirinha, antes de passar junto ao outro quartel então existente na cidade, o Centro de Instrução e Condução Auto (CICA 2), cujas instalações serviram, mais tarde, para alojar a PSP e a extinta Universidade Internacional.

A manifestação terminou no largo fronteiro ao RAP3, onde se reuniu uma multidão que aplaudiu os militares, muitos dos quais estavam numa varanda do primeiro piso, conforme demonstra uma fotografia precisamente captada por Jorge Dias.

"Foi uma coisa inesquecível, que só as fotografias podem provar e não deixar que as pessoas se esqueçam", argumentou o ex-militar...”

São muitas destas fotografias que se podem agora visualizar na beleza que é a esplanada Silva Guimarães particularmente numa tarde de sol como foi a deste domingo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma excelente ideia! Jorge Dias é uma personagem de memórias e grandes fotos. E fica a sugestão: que a exposição fique até setembro.

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