domingo, 28 de abril de 2024

Sucedem-se as manifestações de desagrado devido à retirada do nome de 'Grande Hotel da Figueira' do icónico edifício!

O Grande Hotel da Figueira foi inaugurado em junho de 1953, já lá vão 71 anos. Tem a assinatura do arquiteto Inácio Peres Fernandes, é um hotel de 4 estrelas e realça-se “pela sua forte presença arquitetónica e estética pós-modernista dos anos 50".
Passou a designar-se de Hotel Mercure e a pertencer, desde o início deste século, ao Grupo Accor, uma empresa multinacional francesa do ramo hoteleiro. Empresa que, ao aperceber-se dos valores e do miticismo da sua designação de origem, nunca retirou as letras do nome de “Grande Hotel da Figueira” que sempre estiveram implantadas na pala de entrada. Ao fim de mais de 20 anos de exploração, em outubro de 2023, o Hotel Mercure encerrou, sabendo-se que iria passar para o grupo hoteleiro Vila Galé. Que acabou de reabrir no passado dia 15 de abril.

E saltou à vista, de modo gritante, a ausência das letras da designação de Grande Hotel da Figueira da sua entrada, substituídas por 4 floreiras!

O que tem provocado muitos comentários de lamento e desagrado nas redes sociais, e nos comentários à noticia que aqui publicámos sobre a reabertura, dos quais partilhamos alguns:

“Não posso crer que tiraram o lettering do hotel... não se compreende, só sabem estragar!”

“Hoje até fui ver se era verdade e vi que no seu lugar colocaram vasos com flores. Inacreditável. Tanta conversa com a manutenção do estilo e traça do hotel e vai-se logo apagar a tradicional designação...”

“Realmente não cabe na cabeça de ninguém retirar uma referência histórica do edifício. E foi aprovado! A Vila Galé não perde a sua identidade comercial por manter as letras. O hotel Astoria de Coimbra pode ser comprado por um milionário e será sempre o Hotel Astória. É uma falta de respeito pela Figueira terem apagado o “Grande Hotel da Figueira”...

Relembra-se que o Grande Hotel da Figueira está classificado como imóvel de interesse público desde 2002 = CONFIRMAR AQUI.

3 comentários:

Anónimo disse...

A primeira palavra é de agradecimento ao Sr Florido e ao serviço público que presta. O que está bem deve ser aplaudido, o que está errado deve ser criticado. Numa perspectiva de pensar e melhorar a Figueira. A Figueira é de cá vive-as também do turista ou do surfista. Durante anos o grupo Accord (Mercure/Ibis) manteve uma relação de respeito para com a história dos edifícios. O grupo Vila Gale entrou com o “pé esquerdo”! Isto é irrefutável. A atitude de fazer desaparecer as letras é indesculpável. A sigla “Grande Hotel da Figueira” é uma parte constituinte do edifício e da memória dos figueirenses. Tirar as letras e colocar vasos ( vasos ??!!) é piroso e incorrecto. Apoio todas as intervenções que aqui ficaram escritas e apelo para que mostrem a vossa indignação. O grupo Vila Galé não pode terraplanar a história da Figueira.

Anónimo disse...

Por motivos profissionais estive, recentemente, em Viseu onde fiquei instalado no hotel Avenida. Adquirido por um grupo hoteleiro sofreu obras de renovação e ampliação. Central, confortável, bom ambiente. Mas, o testemunho que aqui quero deixar é que fui encontrar (no local) a placa evocativa do discurso de Humberto Delgado ao povo de Viseu, realizado na varanda do hotel. A varanda mantém (como o edifício) a traça original. Ninguém apagou, retirou, alterou o edifício e muito menos a evocação da campanha de 1958 do General “Sem Medo”! Agora compare com o que se o passa na nossa cidade.

Anónimo disse...

E há notícias de alguma reação por parte do poder desta terra? Da oposição? Enfim,de alguém… Será que só o Sr Florido (e estes figueirenses) se sentem ultrajados?

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