Mulher da Figueira da Foz começa amanhã a ser julgada > está acusada de homicídio por tentar atropelar o próprio filho de 15 anos com o carro que conduzia!
O Tribunal
de Coimbra começa a julgar na quinta-feira uma mulher de 59 anos, da
Figueira da Foz, acusada de tentar matar o filho com o carro que
conduzia, quando a vítima teria 15 anos.
A mulher é acusada pelo
Ministério Público de um crime de homicídio qualificado na forma
tentada, que terá ocorrido a 22 de maio de 2022, no concelho de
Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra.
O Diário de
Coimbra revela hoje na sua edição online que, segundo a acusação
a que a agência Lusa teve acesso, nesse dia os dois deslocaram-se a
um café, em Montemor-o-Velho, momento em que a arguida terá
levantado a mão ao filho, quando este disse que não queria beber
café.
Depois do
café e já no carro, a mulher terá iniciado uma discussão com o
filho, a ameaçar que o levaria para casa “das irmãs”, ao que a
vítima terá dito que iria. “Se tu vais, eu mato-te”, terá
respondido a mãe, com o filho a pedir para parar o carro para sair,
refere a acusação.
Segundo o
Ministério Público (MP), a vítima acabou por sair do carro e
começou a caminhar pela berma da estrada, na direção de
Montemor-o-Velho (sentido inverso do que estavam a realizar).
A mãe terá
decidido fazer inversão do sentido de marcha do carro, tendo
conduzido “enraivecida” o carro na direção do filho, “entrando
com a frente do veículo na berma da estrada onde o ofendido estava a
caminhar”, que saltou para a valeta para não ser atingido, alega o
MP.
A arguida
terá tentado atropelar o filho por mais três vezes, mas sempre sem
sucesso.
Posteriormente, voltou a inverter o sentido de marcha e
conduziu na direção da Figueira da Foz, até parar o veículo após
os semáforos de um cruzamento.
A arguida ter-se-á deitado na
estrada, em frente de uma viatura em circulação, enquanto gritava:
“matem-me, matem-me”.
A mulher
acabou por ser abordada por polícias, tendo manifestado a intenção
de pôr termo à vida, acabando por ser conduzida à urgência
psiquiátrica do Centro Hospitalar e Universitária de Coimbra
(CHUC), tendo pedido aos agentes da PSP, na ambulância, para ser
presa.
“Prenda-me,
porque se não me matar, mato-os a eles”, terá dito, referindo-se
aos filhos.
Segundo o processo, no CHUC, foi concluído que a
arguida não apresentava sintomas de atividade delirante ou de doença
mental grave, mas evidenciando outros sinais “sugestivos de
transtorno de personalidade”.
O julgamento
deverá começar amanhã, quinta-feira, às 10h30, no Tribunal de
Coimbra.
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