segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Tesouro encontrado junto a contentor do lixo na Figueira da Foz =descobertos documentos dos séculos XI ao XX alguns referentes a Tavarede e a Seiça e pergaminhos com cerca de mil anos!

O jornal Público divulgou ontem uma notícia (exclusiva para assinantes) focando uma situação insólita passada na Figueira da Foz, com o título: “Um tesouro com mil anos encontrado no lixo na Figueira da Foz”.
Quem os encontrou foi Mário Rui Ferreira, que não se recorda bem se foi em 2015 ou 2016. Mas lembra-se que eram perto das seis da manhã, tinha acabado de sair de casa dos pais na Rua da Boavista, onde ia diariamente tratar da medicação de ambos, e caminhava em direção a sua casa, um piso térreo e primeiro andar na Rua da Fé, na Figueira da Foz.

Naquela madrugada, quando passava na esquina da rua das Rosas com a rua 10 de Agosto, viu empilhado no chão, junto a um contentor do lixo, vários maços de jornais em bom estado.

Onde, entre eles, constava um documento sobre “uma sentença relativa a uma demanda entre o Cabido da Sé de Coimbra e um senhor chamado Afonso Esteves, dito gago, sobre o dízimo do sal das marinhas de Tavarede” e outro do século XVI (1577), uma “carta de confirmação feita pelo Rei D. Sebastião dada ao prior e padres do Mosteiro de Santa Maria de Seiça”.

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E já hoje o Correio da Manhã, citando o Público, explana melhor a história e contactou com o Mário Ferreira:

“Um conjunto de pergaminhos com cerca de mil anos e documentos datados dos séculos XI ao XX foram descobertos, por acaso, por um operário, junto a um contentor do lixo na Figueira da Foz, no meio de resmas de jornais datados de 1974, 1975 e 1977.

A história, contada pelo jornal ‘Público’, teve um final feliz.

Ao se aperceber de que os “papéis soltos” estavam em mau estado, húmidos e cheios de bolor, Mário Rui dispôs-se a tratar deles, secando-os com o desumidificador e alisando-os dentro de livros. Mas quando tentou vender o primeiro num site de vendas online (uma carta do rei D. Afonso V, pela qual pedia, em 2019, 400 euros), recebeu um contacto da Torre do Tombo. Depois de analisado o espólio, concluiu tratar-se de uma coleção de um colecionador privado, que não acautelou o seu futuro, acabando o tesouro no lixo.

Mário Rui não quis revelar a quantia que a Torre do Tombo se dispôs a pagar pelo espólio, que entretanto foi digitalizado e integra o acervo do Arquivo Nacional.

E para aceder melhor a esta publicação, clique - PRIMEIRO AQUI - e depois na foto que lhe aparece - para ver um vídeo do jornal Público.

1 comentário:

Anónimo disse...

Excelente ! Muito bom.

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