Escultura 'A Preguiça' já está a ser recuperada após vandalismo depois de no Cabedelo busto a Mário Silva ter também sido alvo
A escultura "A Preguiça" de autoria de Laranjeira Santos (1930-2024) foi vandalizada durante a madrugada do fim de semana de 5 e 6 de julho. O ato de vandalismo de que que foi alvo partiu parte de uma perna, alguns dedos do pé e deslocou-a da base onde se encontrava assente.
A escultura, um nu feminino, foi oferecida pelo mestre Laranjeira Santos à Figueira da Foz, em 1959, para integração do Jardim Municipal onde permaneceu durante quase duas décadas. Repousou junto ao lago e fez parte de um cenário que a transformou numa memória coletiva, que todos passaram a tratar, carinhosamente, por " Preguiça".Retirada do jardim em 2005, esteve colocada no jardim interior do Museu Municipal Santos Rocha e, em 2013, foi transferida para o espelho de água do Forte de Santa Catarina, onde recuperou e fortaleceu a sua presença como peça icónica da Figueira da Foz.
Apesar da lamentável ação de vandalismo de que esta obra de arte pública foi alvo, a dedicação e a competência dos serviços e dos técnicos do Museu Municipal tornam possível a sua recuperação, preservando-se assim a memória e o valor identitário que esta escultura tem para os figueirenses.
Neste momento, a escultura está se encontra a ser intervencionada. Serão recolocados os pedaços partidos e preenchidas as lacunas. O espelho de água foi esvaziado e está igualmente a ser alvo de uma limpeza.
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Entretanto António Agostinho lembra que, ainda há poucos dias, o busto do pintor Mário Silva instalado na praça da Praia do Cabedelo, foi também alvo de 'brincadeiras' desrespeitosas! Pintaram a cara com várias cores e vestiram-lhe o tronco com uma camisola.
Alguma similaridade entre as duas situações deve-se ao facto de, para além de na escultura “A Preguiça” terem danificado as suas bases e partido uma zona da perna direita, também nesta lhe “vestiram” uma meia no pé!
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“Portanto... o vandalismo de estátuas na Figueira da Foz (a Preguiça e o busto de Mário Silva no Cabedelo) tem, afinal, uma explicação ao mesmo tempo simples e complexa” isto segundo análise de José Luis Sousa.
“A doença mental, não tratada, de um pobre coitado (aparentemente 'vê' nas estátuas interlocutores nus que pretende vestir), vivendo, dia após dia, numa dimensão muito própria, renegando a medicação e consumindo outras substâncias, é, antes de mais, uma tragédia pessoal, para a qual os mecanismos disponíveis no Estado social se têm revelado ineficazes.”
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