Vereador António Tavares esclarece

O vereador da Câmara Municipal da Figueira da Foz António Tavares esclarece duas noticias publicadas neste jornal:

"Exº Senhor António Florido
Mão amiga fez-me chegar dois comentários insertos no “O Palhetas na Foz” a propósito das praias.
Cumpre-me esclarecer algumas coisas sobre esta matéria para não cairmos em mal entendidos e até porque já verifiquei que lhe passa alguma informação ao lado:
A Figueira da Foz tem 4 praias com bandeira azul (tinha cinco no passado mas o anterior executivo, devido a uma obra que fez na Costa de Lavos, deixou cair uma das bandeiras); A Figueira tem uma praia qualificada como “Praia Acessível” (Relógio) e uma praia qualificada como “Praia +”. Em todos os casos é necessário cumprir parâmetros exigentes de qualidade o que, aliás, fez com que, em 2011, às praias da Figueira da Foz tenha sido, pela primeira vez, atribuído o galardão OURO 2011.
Desde 2010 que é feito um Plano Integrado de Segurança e Vigilância nas praias, em articulação com a Associação dos Concessionários e com a Capitania do Porto, plano este que, em 2010, foi elogiado publicamente pelo Sr. Capitão do Porto. Da mesma forma, em 2010 e 2011, foi feito um balanço com as entidades envolvidas sobre o Plano estabelecido e foram, as mesmas, ouvidas sobre a fixação do período da época balnear.
A limpeza das praias está concessionada à empresa SUMA, reconhecida como uma das melhores empresas a operar na área e devidamente autenticada com certificado de qualidade (ISOs). Nesta época, a empresa iniciou os seus trabalhos de limpeza manual e mecânica da praia no passado dia 19, e incluiu ainda trabalhos de recolha de resíduos das papeleiras e de lavagem e desinfecção/desodorização das escadarias da praia da Figueira da Foz.
De salientar ainda que durante o inverno os serviços da Divisão do Ambiente e do Departamento de Obras procedem a limpezas pontuais de areias em praias como a Costa de Lavos, Cova-Gala e Leirosa e que, antes do início da época balnear e com bastante antecedência, as equipas técnicas da Divisão do Ambiente procedem a um levantamento das necessidades das praias (chuveiros, balneários, lava-pés, passadeiras, etc.) para a época balnear. Da mesma forma, fica a informação de que os serviços fazem intervenções sistemáticas nas linhas de água do Oásis e de Buarcos, (neste, frente à estátua do pescador e à Tamargueira).
Depois de tudo isto, verificar que o senhor escreve que “não me preocupo um mínimo que seja com as praias” é perfeitamente revoltante, pelo que espero que compreenda a injustiça das suas afirmações. As qualificações e o prémio de 2011 falam por si e atestam a iniquidade da sua afirmação. Mais, as suas afirmações desqualificam o esforço e o trabalho de todo um conjunto de técnicos e operadores camarários e não só, o que não é admissível.
Devo ainda esclarecer que em relação à parte do areal coberto de “verde” tal constitui uma opção da Câmara. Isto é, a Câmara pretende demonstrar a quem de direito que aquele espaço já não é areal de praia, (ao contrário do que pretende o POOC) mas sim uma zona consolidada, cuja comprovação resulta da biodiversidade da flora existente (para tal é preciso deixar despertar a dita) . Além disto, como bem entende, a vegetação serve de retenção às areias e ajuda à consolidação do solo; isto tudo para, de uma vez por todas, e já que o POOC está em revisão, nos seja permitido aproveitar o “areal” que já não é “areal”. Onde o senhor vê negligência é exactamente o contrário. Às vezes, alguma informação pode ajudar a perceber os erros em que incorremos.
Finalmente, devo dizer-lhe que aquilo que eu disse sobre a beleza das praias da Figueira tem um enquadramento. Retira-se o enquadramento e estraga-se tudo. Até o senhor refere que por mim “não foi considerada como sendo das mais bonitas”. Ora não foi isto que eu disse. Eu disse que havia praias mais bonitas do que as nossas. Ponto final. E há. Falar verdade e dizer-se o que se pensa é o contrário da hipocrisia e da demagogia; Fui verdadeiro. Bom, não sou o primeiro a ser sacrificado por dizer o que pensa e ser verdadeiro... Voltamos à idade média!
Estes concursos valem o que valem. São empresas a ganhar dinheiro. As nossas praias são boas e eu disse-o. Ganham prémios. São seguras, limpas, vigiadas e ordeiras. São acessíveis e oferecem boas condições aos banhistas. Isto, o senhor devia dizer e não diz. É pena. O resto é conversa."