sábado, 22 de fevereiro de 2020

José Vilas » Da sua tasca do mercado às histórias vividas num banco do jardim!

É habitual vermos o José Vilas bem sentado no "seu" banco do jardim, estrategicamente virado para a avenida e para o empedrado a distrair-se umas horas até ir para casa. Isto, claro, nos dias mais quentes da primavera e verão, já que pelo inverno é hábito vê-lo no corredor do centro comercial da cidade a conviver com os amigos. 
Nestes anos de reforma é claro que no jardim é uma autêntica distração, a ver as amplas vistas, a falar com a malta e antigos conhecidos e até clientes da sua antiga e apreciada tasquinha situada na lateral do mercado, virada sensivelmente para o 'passarinheiro' daquele espaço, e denominada precisamente de Tasca José Vilas. Esta casa surgiu no início do século passado com a denominação de 'A Petrolina', pertenceu depois a um brasileiro, tendo os pais do José Vilas tomado conta do negócio em 1953, onde se manteve até ao passado mês de julho de 2019, apesar de se ter reformado por invalidez em 1999 devido a problemas de varizes e nos joelhos, sequelas do serviço militar em Angola de 1968 a 1970. 
No seu atual "estabelecimento de verão do jardim" foi e vai colecionando histórias. Já viu por ali alguns acidentes, com a vinda da polícia e os condutores a 'refilarem', infrações de trânsito, escaramuças entre casais a discutir, e sobretudo a servir de "informador" com as pessoas a perguntarem-lhe onde fica tal sítio ou um restaurante onde almoçar "bem e barato"! 
A cena mais 'picante' foi quando teve de dar umas bengaladas a um bêbado que se meteu com ele de forma agressiva e incorreta! 
E insistiu para publicarmos a quadra (ao lado) que nos recitou umas três ou quatro vezes achando muita piada (e nós nem por isso)! 
E explica: "-É que eu é que era o explorado! Vendia um 'copo de tintol' agora, outro meia hora depois... quase não se ganhava nada! E quando me sentava para descansar um pouco, lá vinha outro sequioso: 'Ò Zé, sai um copo dos grandes!' Pois... lá se ia o descando! Eu é que era o explorado!..." 
E depois ria "que-nem-um-perdido" e rematava: "-Não rima mas é verdade!" 
Pronto, então está bem!
E para saber alguma coisa da cidade, o Zé Vilas ainda está ali para as curvas!

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