domingo, 3 de março de 2024

Fique a saber porque é que a Feira Medieval Infante D. Pedro na Figueira da Foz vai mudar de nome >>> e porque esta e o Festival Pirata em Buarcos vão ambos mudar de local!

O Festival Pirata, que até agora se realizava no topo Sul das muralhas de Buarcos, vai manter-se nas muralhas mas mudar-se para o topo Norte, junto à Tamargueira.

Segundo o Diário As Beiras apurou há já alguns dias (e de cujo artigo extraímos o principal) a explicação envolve dois pontos fundamentais. O Festival Pirata gerava “muita confusão” na zona onde se realizou até ao ano passado. “Além da questão estética, não era funcional” e o processo da mudança de local “é pacífico”.

A outra razão deve-se ao estacionamento grátis que existe junto à Tamargueira, ao contrário do sítio onde se realizava, que é pago desde o verão passado. A Câmara da Figueira da Foz teve mesmo de ressarcir a empresa que explora o parque de estacionamento pela utilização do espaço durante o Festival Pirata.
A Feira Medieval Infante D. Pedro, por sua vez, que sempre se realizou junto ao forte de Santa Catarina na Figueira da Foz, vai mudar de nome e de local.

Vai mudar a designação para “I Mercado Invasões Francesas” porque a Figueira da Foz, ao contrário de Buarcos (e Redondos), não existia como localidade na Idade Média. Foi elevada à categoria de vila em 1771 e passou a cidade em 1882. Por isso “não faz sentido manter a designação de Feira Medieval”. A recriação das invasões francesas, essas sim, estão relacionadas com a história da Figueira da Foz, quando a localidade ainda era vila.

Quanto à mudança de local para a Praça Dr. João Ataíde (do Forte) é explicada pelo constrangimento, este ano, da exposição “O mar é a nossa terra” na área que era a base logística do evento. E na nova localização existem casas de banhos, o que não acontecia no anterior local, e onde também se situam as instalações dos Escuteiros Marítimos que colaboram nos dois eventos, as quais poderão servir de base logística.

Assim, o “I Mercado Invasões Francesas” na Figueira da Foz vai realizar-se de 28 a 31 de março, enquanto que o Festival Pirata – que deverá continuar a realizar-se no verão - ainda não tem data definida.

4 comentários:

Anónimo disse...

Vamos imaginar que Óbidos, Montemor ou Vila da Feira retiram as suas actividades culturais dos espaços históricos. Vamos imaginar que Óbidos passa a realizar as manifestações culturais num parque de estacionamento, fora das muralhas. Ninguém imagina, não é? Porquê? Porque o contexto histórico é a base do negócio! O contexto histórico dá sentido e vida aos eventos. O contexto da Figueira são o Forte de St Catarina e as muralhas de Buarcos. A praça onde se vai realizar a ex feira medieval é um recinto sem “ambiente”. Nem discuto a mudança do tema, é irrelevante. Mas, o pior ainda está para vir… mudar a feira do Pirata do enquadramento fantástico, único e original para um “parque de estacionamento” nos fundos de Buarcos é matar um evento original. Há problemas? Para que serve negociar com a empresa de estacionamento? Estao a liquidar, esvaziar duas excelentes ideias e realizações. Valorizar o património e rentabilizar os eventos não são incompatíveis!

Anónimo disse...

Completamente de acordos com o escrito em cima!!!

Bruno Miguel disse...

Na figueira mudar o quer que seja da sempre dor de cabeça seja a sardinha seja as festas . Os hábitos são velhos .. tal como as mentalidades

Anónimo disse...

Realmente relegar o património histórico para segundo plano é uma grande evolução de mentalidade.

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