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Extensa fila para entrar no mercado que exasperou os clientes e esvaziou o espaço |
Fomos contactados esta manhã por comerciantes do Mercado Municipal Engenheiro Silva, na Figueira da Foz, bastantes indignados e dando-nos conta do que tinha acabado de se passar.
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Mercado vazio depois dos acessos controlados |
Disse-nos o senhor Santos que "inopinadamente os portões do lado do jardim e da rua dr. Francisco António Diniz ficaram destinados unicamente à saída de pessoas, só se podendo entrar pelo portão do lado do parque de estacionamento, tendo-se então aqui formado longas filas de largas dezenas de pessoas que chegaram a dar a volta à esquina onde está a loja de roupa!"
Outra comerciante, a dona R. relatou que pouco passava das 10 horas da manhã começaram a ficar estranhamente sem gente à frente da sua banca durante largos minutos. "-Mas afinal o que é que se passa!?" - Só depois se apercebeu que as entradas tinham ficados condicionadas. "-Já viu como o mercado está vazio!?"
Claro que ouvimos mais comerciantes e vendedores do espaço, e um testemunho de quem esteve na fila: "-Olhe, venho aqui ao peixe que ainda tenho de preparar para o almoço. Mas assim não dá... sou capaz é de ter de o ir comprar a um supermercado!... a peixeira é que perde, peço desculpa!"
Claro que fomos ouvir uma vendedora de peixe que nos garantiu: "-...é que quem perde mais com isto são os que têm peixe à venda, pois vão à lota e compram a mais para vender ao fim de semana, e agora não o conseguimos vender!"
Outro comerciante, o senhor Silva, desejou vincar que "nada a opor que se implemente esta medida se for para a prevenção geral, não é por isso que o pessoal do mercado se opõe, mas sim o facto do mercado "ter entrado neste confinamento" a meio da manhã e logo à hora principal do aumento de compras, e sem aviso prévio, depois de ter aberto normalmente às 7 horas da manhã! Ora depois de se ter passado um mês de agosto com as entradas livres, não se poderia esperar até ao meio deste mês de setembro, que ainda são uns dias algo mais fortes de vendas, para implementar esta medida!?"
Ainda uma outra peixeira arrumou: "-Isto assim não dá. Se queriam fazer este controlo ao menos avisassem ontem à tarde para termos tempo de avisar os nossos clientes e preparar a venda de outra maneira! Depois dizem que fazemos 'peixeirada' mas não nos podemos calar ao ver este autêntico empurrar de pessoas para os centros comerciais! E quer saber uma coisa? Ainda por cima ficámos outra vez com a *m... do multibanco sem dinheiro, isto é constantemente..."
(Notícia elaborada a partir de testemunhos telefónicos, de contactos diversos, e de fotos recebidas esta manhã)