As
medidas decretadas para a contenção da pandemia também atingiram a
prostituição, uma das atividades de risco. Na Figueira
da Foz existem
várias dezenas de profissionais do sexo, de diversas nacionalidades,
ou trabalhando na via pública (estradas) ou em apartamentos. Com a
crise sanitária, chegou, também, a falta de clientes, deixando a
prostituição
sem rendimentos.
Cristina e Ana Paula (nomes
fictícios) que não se conhecem, são prostitutas estrangeiras que
exercem a profissão em casa. De um dia para o outro, ficaram sem
clientes, e já lá vão dois meses sem rendimentos. “-As pessoas
têm medo e não vêm” afirmou Cristina. “-Nós também temos
medo da doença”, acrescentou, por seu lado, Ana Paula.
Sem clientes, não há dinheiro, e
Cristina está a ficar sem ele. “Estou a gastar as economias que
guardei para ir para o meu país, no final do ano. Não sei como vai
ser quando o dinheiro acabar, e já me resta pouco”, afiançou.
“Não recebo clientes há mais de dois meses”, garantiu, por seu
lado, Ana Paula. Os clientes,
“incluindo os habituais”, afirmou Cristina, “telefonam, têm
medo e não vêm”.
Num passado recente cada uma das duas
prostitutas podia faturar, em média, 80 euros por dia...
(Extrato
de notícia que pode ler completa na edição impressa do jornal As
Beiras deste sábado)